
SACERDOTES
"Jesus que morreu na cruz, pelos próprios irmãos.
Eis o sacerdote:
É Jesus Abandonado vivo".
Chiara Lubich
Desde os primórdios do Movimento dos Focolares (MdF), sacerdotes diocesanos – e, com o passar dos anos, também os diáconos e seminaristas – participaram da vida do MdF, atraídos pela espiritualidade da Unidade, na qual sentem uma profunda sintonia com a sua própria vocação, tendo desabrochado da oração sacerdotal quando Jesus diz: "que sejam um para que o mundo creia" (Jo 17).
Vivendo este espírito, os sacerdotes descobrem novamente a importância de ser, antes de mais, cristãos autênticos. “Convosco sou cristão, para vós, para servir-vos, sacerdote" (Cf. S. Agostinho). Assim, tomam uma maior consciência do significado das palavras de Jesus: “Disto reconhecerão que sois Meus discípulos, se vos amardes uns aos outros”, testemunho que deve preceder a cada actividade ministerial. Milhares de sacerdotes diocesanos, espalhados nos vários continentes, respondem actualmente ao convite de Bento XVI para viver “o princípio petrino da Igreja à luz do princípio mariano, que é ainda mais originário e fundamental”. Com fundamento na Unidade, vêem, no ministério sacerdotal, um serviço que deve ser realizado à imagem de Jesus crucificado e abandonado.
A participação, na vida do MdF, não desvia os sacerdotes e diáconos da vida das suas dioceses. Muito pelo contrário, estimula a favorecer o espírito de Unidade entre todos e especialmente no presbitério diocesano, de modo a que se realize, cada vez mais, a Igreja-comunhão, fraternalmente reunida ao redor do bispo e aberta a um diálogo universal.
Como é a vida de comunhão entre os sacerdotes? Animados por esta espiritualidade, essencialmente comunitária, os sacerdotes, que a ela aderem, – quando a situação permite e os bispos consentem – vivem juntos, testemunhando o Ressuscitado, prometido a “dois ou três reunidos no Seu nome”, com evidentes frutos espirituais e apostólicos. “Quando estamos unidos pelo amor recíproco, torna-se espontâneo colocar em comum os bens materiais e os dons espirituais; dar testemunho da Unidade e da caridade pastoral; viver, na alegria, os concílios evangélicos da castidade, pobreza e obediência; cuidar de si mesmo e dos co-irmãos; fazer dos espaços da casa e da paróquia locais de harmonia e comunhão com todos; dedicar-se, com empenho, à própria formação permanente para serem homens do diálogo; viver como membros de um só corpo, através de uma intensa comunicação com os co-irmãos e com todo o povo de Deus”.
A espiritualidade da unidade também tem uma influência importante na actividade pastoral, porque se desenvolve em interacção com os outros e, “amando a paróquia dos outros como a sua própria”, assim como outras realidades da Igreja. Esta vida irradiou-se no âmbito das paróquias, exprimindo-se no “Movimento Paroquial” (MP).
Como se tem feito a difusão do MP? Entre os jovens surgem novas vocações. Actualmente 20 mil sacerdotes e diáconos acolhem e vivem, de várias formas esta espiritualidade, presentes em 120 países e
v Para um exercício na vida de comunhão surgiu um Centro internacional de espiritualidade para os sacerdotes, seminaristas e diáconos permanentes, com sede em Loppiano, próximo à Florença, na Mariápolis permanente do MdF. Acolhe, por um período de um ano, aqueles que, com a aprovação do próprio bispo, desejam fazer esta experiência.
v Trata-se de uma verdadeira escola de vida, que alterna horas de trabalho com momentos dedicados ao aprofundamento dos princípios básicos da espiritualidade da Unidade e da sua concretização seja ao nível pessoal como ao nível social e eclesial.
v Encontrando-se com os outros habitantes de Loppiano, na sua maioria leigos, os participantes desta escola experimentam a beleza de uma porção viva do Povo de Deus, e o sacerdócio ministerial passa a ser vivido como serviço à comunhão. “Se existir a unidade também com os leigos do MdF – estes foram os votos de Chiara na inauguração deste Centro – surgirá o que eu chamei de ‘cidade-igreja ou ‘sociedade-igreja’, que mostrará ao mundo como seria se fosse inteiramente renovado pela luz de Jesus, do seu Evangelho”.
(Fonte: http://www.focolare.org )
Concluindo: Amar a cruz é aceitar a maior dor e oferecer o que temos de melhor. Assim vivemos a verdadeira Fraternidade Universal.
Sem comentários:
Enviar um comentário