domingo, 10 de junho de 2007

Seminaristas: um projecto de Fraternidade Universal

ESTE ARTIGO DE OPINIÃO SAIU NO JORNAL QUOTIDIANO DE PONTA DELGADA, DIÁRIO DOS AÇORES, NO PASSADO DIA 2007.06.10

Seminaristas:

«É muito bom que vocês estejam aqui em Castelgandolfo,

porque “focolare” significa algo muito simples e muito profundo.

Diz que existe um colectivo.

A vocação ao seminário

não é uma vocação solitária, eremítica,

é uma vocação para viver juntos:

viver para o outro, numa família mais ampla.

E eu acredito que a espiritualidade focolarina

Prepara-os muito bem para esta vocação».

João Paulo II – 29.12.1994

Depois do Concílio Vaticano II, num momento de crise para as vocações sacerdotais, Chiara Lubich, fundadora e presidente do Movimento dos Focolares (MdF), sente o impulso de dar visibilidade aos seminaristas, de vários países, que já estão em contacto com o MdF. Na Páscoa de 1968 encontram-se, pela primeira vez, em Rocca di Papa (nos arredores de Roma, Itália), 70 seminaristas. “Seria maravilhoso – afirma Chiara – se Deus suscitasse uma infinidade de seminaristas que, com o espírito da unidade, não só salvassem a própria vocação, mas, durante o período de seminário, irradiassem, de tal modo a unidade, a ponto de atrair outros jovens". É o surgimento de uma nova expressão do MdF, dirigida aos jovens chamados ao sacerdócio. Em seguida, um número cada vez maior de seminaristas adere à espiritualidade de comunhão que floresceu no MdF. Profundamente unidos aos seus formadores e plenamente inseridos na vida do seminário, estes jovens encontram no Ideal da Unidade uma chave decisiva para responder com alegria e entusiasmo à própria vocação.

A Espiritualidade da Unidade ajuda de modo especial:

v a fazer de Deus a escolha fundamental da própria vida, antes mesmo do sacerdócio;

v a viver com intensidade a Palavra de Deus, para poder anunciá-la como testemunhas dignas de crédito;

v a unir as suas vidas a de Jesus crucificado e abandonado, modelo de sacerdote;

v a ser construtores de unidade no seminário e nas suas dioceses;

v a abrir-se a todos com a arte de amar que emerge do Evangelho.

Atraídos por este estilo de vida, também os seminaristas das escolas de ensino médio e outros jovens orientados ao sacerdócio sentem-se impulsionados a viver da mesma maneira. Em 1980, surge uma terceira geração do mundo sacerdotal: o Movimento Gen’s3 (MG’s3 - Jovens Seminaristas adolescentes). São inúmeras as iniciativas do MG’s3 para incentivar um estilo de vida sempre mais comunitário e familiar nos seminários: a troca de experiências do Evangelho vivido em pequenos grupos, encontros regionais, actividades concretas de solidariedade, férias em conjunto, etc. Realizam-se também Congressos internacionais periódicos, e compartilham-se notícias e experiências através da revista de vida eclesial Gen’s.

(Fonte: http://www.focolare.org )

Concluindo: hoje em dia as vocações estão a rarear. O que pode unir os jovens à vida religiosa é a Unidade. Acho que os sacerdotes têm que ser mais unidos entre si e em relação ao seu Bispo para que os jovens possam ver um testemunho para seguirem.

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