segunda-feira, 25 de junho de 2007

Ecumenismo: futuro para a Fraternidade Universal

ESTE ARTIGO DE OPINIÃO SAIU NO JORNAL QUOTIDIANO DE PONTA DELGADA, DIÁRIO DOS AÇORES, NO PASSADO DIA 2007.06.24

Desde 1982, os Bispos amigos do Movimento dos Focolares (MdF) de várias denominações cristãs e provenientes de diferentes países, reúnem-se anualmente para um diálogo que nasce da espiritualidade ecuménica do MdF. Os encontros, que têm um carácter informal, iniciaram-se quando João Paulo II, ao receber um grupo de bispos católicos, convidou-os a alargar a sua experiência de comunhão fraterna a líderes de outras Igrejas. A partir de então, encontros ecuménicos internacionais são realizados ano após ano sempre em lugares diferentes: Roma, Istambul, Londres, Augsburg, Trento, Amã/Jerusalém, Zurique, Genebra e, em Setembro de 2005, em Bucareste, a convite do Patriarca romeno ortodoxo Teoctist.

O principal fruto desta iniciativa é a profunda comunhão espiritual que se estabelece entre líderes de diferentes Igrejas, com o timbre do “mandamento novo” de Jesus: “amai-vos uns aos outros como eu vos amei” (Jo 15,12). Mesmo sem ignorar o que ainda divide as Igrejas, evidencia-se, antes de tudo, o muito que já existe em comum. E toma-se consciência de como as várias sensibilidades e as riquezas das diferentes tradições podem tornar-se num dom para toda a cristandade, “sem fusões nem assimilações”.

Nos últimos anos, por ocasião dos Congressos, os bispos testemunharam publicamente este “diálogo da vida” do qual emana uma nova esperança, com um grande reflexo no meio do povo: na igreja evangélica de Santa Ana, em Augsburg (1998), em Jerusalém (1999), no Grossmünster da Igreja Reformada de Zurique (2001), na catedral protestante e junto ao Conselho Mundial de Igrejas, em Genebra (2002), em Istambul (2004) e em Bucareste (2005).

Os Bispos amigos do MdF católicos foram reconhecidos em Fevereiro de 1998 pelo Pontifício Conselho para os Leigos – ao qual estão ligados os modernos Movimentos eclesiais – como uma ramificação do MdF, que distingue-se pelo seu “compromisso exclusivamente espiritual, que de nenhum modo interfere nos seus deveres enquanto bispos”, mas ajuda-os a realizá-los “no espírito de comunhão e de unidade”.

Através de discursos, mensagens e cartas, João Paulo II constantemente acompanhou e encorajou esta caminhada. Outros responsáveis de Igrejas, como o Patriarca ecuménico, Sua Santidade Bartolomeu I, o primaz da Igreja anglicana, arcebispo Rowan Williams, e o então bispo da Federação luterana mundial, Christian Krause, assim como seus predecessores, deram amplo apoio a esses encontros e à espiritualidade de comunhão que os inspira.

(Fonte: http://www.focolare.org )

Concluindo: As palavras que Paulo VI e João Paulo II ao falar de diálogo ecuménico deram um exemplo de testemunho. Esperemos que todas as pessoas de boa fé se unam em vez de fazerem guerra.

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