domingo, 28 de dezembro de 2008

Te Deum

ESTE ARTIGO DE OPINIÃO SAIU NO JORNAL QUOTIDIANO DE PONTA DELGADA, DIÁRIO DOS AÇORES, NO PASSADO DIA 2008.12.28

Te Deum laudamus: te Dominum confitemur.
Te æternum Patrem omnis terra veneratur.
Tibi omnes Angeli, tibi Cæli, et universæ Potestates: Tibi Cherubim et Seraphim incessabili voce proclamant: Sanctus, Sanctus, Sanctus Dominus Deus Sabaoth.
Pleni sunt cæli et terra majestatis gloriæ tuæ.
Te gloriosus Apostolorum chorus, Te Prophetarum laudabilis numerus, Te Martyrum candidatus laudat exercitus.
Te per orbem terrarum sancta confitetur Ecclesia, Patrem immensæ majestatis: Venerandum tuum verum et unicum Filium: Sanctum quoque Paraclitum Spiritum. Tu Rex gloriæ, Christe.
Tu Patris sempiternus es Filius, Tu, ad liberandum suscepturus hominem, non horruisti Virginis uterum.
Tu, devicto mortis aculeo, aperuisti credentibus regna cælorum. Tu ad dexteram, Dei sedes, in gloria Patris. Judex crederis esse venturus.
Te ergo quæsumus, tuis famulis subveni, quos pretioso sanguine redemisti.
Æterni fac cum Sanctis tuis in gloria munerari.
Salvum fac populum tuum, Domine, et benedic hereditati tuæ.
Et rege eos, et extolle illos usque in æternum.
Per singulos dies benedicimus te; Et laudamus nomen tuum in sæculum, et in sæculum sæculi.
Dignare, Domine, die isto sine peccato nos custodire.
Miserere nostri domine, miserere nostri.
Fiat misericordia tua, Domine, super nos, quemadmodum speravimus in te.
In te, Domine, speravi: non confundar in æternum.
V. Benedicamus Patrem, et Filium, cum Sancto Spiritu.
R. Laudemus, et super exaltemus eum in sæcula.
V. Benedictus es, Domine, in firmamento cæli.
R. Et laudabilis, et gloriosus, et super exaltatus in sæcula.
V. Domine, exaudis orationem mean.
R. Et clamor meus ad te veniat.
V. Dominus vobiscum.
R. Et cum spiritu tuo.
Oremus.
Deus, cujus misericordiæ non est numerus, et bonitatis infinitus est thesaurus; piissimæ majestati tuæ pro collatis donis gratias agimus, tuam semper clementiam exorantes; ut, qui petentibus postulata concedis, eosdem non deserens, ad præmia futura disponas.
Per Christum Dominum nostrum.
R. Amen.

Te Deum é um hino litúrgico católico atribuído aos santos Ambrósio e Agostinho, iniciado com as palavras "Te Deum Laudamus" (A Ti, ó Deus, louvamos). Segundo a tradição, este hino foi improvisado na Catedral de Milão. Esse texto foi musicado por vários compositores, entre eles Henry Purcell, Wolfgang Amadeus Mozart, Franz Joseph Haydn, Anton Bruckner.
Na próxima quarta-feira será o último dia do ano de 2008 d. C. Chegou o tempo de agradecer a Deus por mais este ano. Quantas vezes o Homem agradece a Deus, especialmente nos momentos dramáticos da sua vida? Mas, por outro lado, sente o profundo desejo de conhecer o sentido e a dinâmica dos acontecimentos individuais e comunitários em que se encontra implicado. Gostaria de saber "antes” que acontecerá "depois", de maneira a não ser tomado de surpresa.
Antes do nascimento de Jesus, o homem estava sujeito à tirania do tempo, semelhante ao escravo que não sabe o que se passa pela mente do seu patrão. Porém, quando o Verbo se fez homem e habitou entre nós, esta perspectiva foi totalmente alterada. Na noite de Natal, que se celebrou quinta-feira passada, o Eterno entrou na história, o "não ainda" do tempo, ritmado pelo inexorável fluxo dos dias, ligou-se misteriosamente ao "já" da manifestação do Filho de Deus.
Te Deum laudamus! Eleve-se do nosso coração reconhecido o cântico de louvor e de acção de graças. No termo de um ano é particularmente necessário tomar consciência também das nossas fragilidades e dos momentos em que não somos plenamente fiéis ao amor de Deus. Pelas nossas culpas e omissões, peçamos perdão ao Senhor. Continuemos a abandonar-nos com confiança na bondade do Senhor. Ele não deixará de ser misericordioso para connosco.
(Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Te_Deum ; http://www.vatican.va/ )
Concluindo: a minha oração: Confiamos e abandonamo-nos nas Tuas mãos, Senhor do tempo e da eternidade. Tu és a nossa esperança: a esperança do mundo; o sustentáculo dos fracos; o conforto de quem se sente confuso; e a alegria e a Paz de quem Te recebe e Te ama! Ao mesmo tempo que termina este ano, o olhar já se projecta para o novo, o coração abandona-se com confiança nos Teus misteriosos desígnios de salvação.


segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

É NATAL! NASÇA E RENASÇA O DEUS-MENINO NOS NOSSOS CORAÇÕES

ESTE ARTIGO DE OPINIÃO SAIU NO JORNAL QUOTIDIANO DE PONTA DELGADA, DIÁRIO DOS AÇORES, NO PASSADO DIA 2008.12.21

“As vitrinas das lojas estão decoradas para a festa, com bolas douradas, pequenas árvores de Natal, lindos presentes. À noite, as ruas brilham com estrelas cadentes ou cometas. As árvores, nas calçadas, têm os ramos cobertos de luzinhas vermelhas, azuis ou brancas, criando nas ruas uma atmosfera mágica...Percebe-se a expectativa. Todos estão envolvidos (...)”
Natal não é apenas uma recordação tradicional: o nascimento daquele Menino há 2008 anos... Natal é algo vivo! E não só nas Igrejas, com os seus presépios, mas também entre as pessoas, devido ao clima de alegria, de amizade, de bondade que todo ano Ele cria.
Mesmo assim, ainda hoje, o mundo é assolado por enormes problemas: a pobreza e a fome, as crises económicas e financeiras, as manifestações hostis da natureza, guerras, o terrorismo, o ódio entre etnias, mas também entre grupos e entre pessoas…
Portanto, como antídoto, é necessário o Amor. É preciso que Jesus volte com potência. O Deus-Menino é sempre a imensa dádiva do Pai à humanidade, embora nem todos o reconheçam. Devemos oferecer também o nosso agradecimento ao Pai. Temos que festejar o Natal e renovar a nossa fé no pequeno Deus-menino que veio para nos salvar, para criar uma nova família de irmãos unidos pelo Amor; uma família que se estende sobre toda a Terra. Olhemos ao nosso redor... Que este Amor seja dirigido a todos, mas, de modo especial, a quem sofre, aos mais necessitados, aos que estão sós, aos que são excluídos, aos pequenos e aos doentes... Que a comunhão com eles, de afecto e de bens, faça resplandecer uma família de verdadeiros irmãos que festejam juntos o Natal e que vai mais além. Quem poderá resistir à potência do Amor?
(Fonte: Chiara Lubich, http://www.focolare.org/ )
Concluindo: à luz do Natal, façamos alguma coisa, suscitemos acções concretas. Serão remédios para os males. Eles podem parecer pequenos, mas se forem utilizados em vasta escala, poderão ser uma luz e uma solução para os graves problemas do mundo.

domingo, 14 de dezembro de 2008

Diocese em S. Miguel, JÁ!



ESTE ARTIGO DE OPINIÃO SAIU NO JORNAL QUOTIDIANO DE PONTA DELGADA, DIÁRIO DOS AÇORES, NO PASSADO DIA 2008.12.14


“Os Açores, como todas as ilhas e terras de além-mar, começaram por estar sujeitos à jurisdição da Ordem de Cristo, exercida pelo vigário nullius de Tomar. Ao ser criado o bispado do Funchal (1514), passaram para a jurisdição deste. A pedido de D. João III, Clemente VII criou (1533) o bispado de S. Miguel, mas faleceu antes de expedir a bula de erecção. No ano seguinte, Paulo III erigiu o bispado de S. Salvador, dando-lhe por Catedral a igreja do mesmo nome na cidade de Angra, ficando esta Sé sufragânea do arcebispo do Funchal até 1550, data em que passou para a metrópole de Lisboa. A jurisdição do bispo de Angra abrange todas as ilhas do Arquipélago. “


O excerto supracitado é bem claro que, em 1533, o Papa Clemente VII, a pedido de D. João III, criou o bispado em S. Miguel. Se dúvidas houvessem, esta nota histórica, patente da Agência Ecclésia, tira qualquer dúvida.
Sou, como todos sabem, da opinião que S. Miguel deve ter uma diocese própria. Alguns argumentos para reflexão: dispersão territorial das 9 ilhas; maior densidade populacional e número de crentes na Ilha do Arcanjo; centro económico, social e político dos Açores. Mas muitos ainda poderiam ser elencados.
Até D. António Braga, natural de Santa Maria, em 7 de Abril de 2004 defendia que “(…) é melhor Dioceses mais pequenas porque permitem ao Bispo outro tipo de acompanhamento (…) [D. António disse lamentar que S. Miguel] não tenha o apoio que merece (…)” .
Repare-se agora no argumento, do mesmo D. António, quando defende: “(…) A Igreja sempre conferiu Unidade a este arquipélago, não serei eu quem a vai dividir. Não seremos nós – Diocese dos Açores – a retomá-la. Nem sequer se conhece a posição de outras ilhas, que seria importante. (…)” (in Açoriano Oriental, 2008.12.03)
Interessante, não é? Passaram-se 4 anos e é a mesma pessoa com opiniões antagónicas sobre a mesma temática. Senhor Bispo, se não quer ser o Senhor a fazê-lo, equacione colocar o seu lugar à disposição e deixar um qualquer movimento de sacerdotes e leigos de S. Miguel a fazê-lo. Percebo que não queira misturar o seu honrado nome com esta iniciativa, para História vindoura. Considere, então, pelo menos, que outros o poderão fazer. Quanto ao auscultar as outras ilhas, acho muito bem. Comece pelo Corvo. E quando chegar a Santa Maria medite sobre a opinião dos seus “patrícios”.
(Fonte: http://www.ecclesia.pt/angra ; A Palavra, Folha Dominical de Santa Clara, Ano VI Número 414 de 2008.12.07)
Concluindo: sempre me ensinaram que Unidade só acontece na Diversidade. Porque quando há Unidade sem Diversidade depois acontece o que aconteceu a um sacerdote do seu rebanho, quando escreveu, em anonimato: “(…) São Miguel não tem culpa dos problemas financeiros da diocese e não pode pagar por eles (…)”.(in Açoriano Oriental, 2008.12.03)

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Restauração da independência de Portugal (1640)


ESTE ARTIGO DE OPINIÃO SAIU NO JORNAL QUOTIDIANO DE PONTA DELGADA, DIÁRIO DOS AÇORES, NO PASSADO DIA 2008.12.07

Na passada segunda-feira, 1º de Dezembro, Portugal comemorou o feriado da Restauração da Independência. Perguntar-me-ão: o que se passou neste dia de tão importante para nós termos um feriado neste dia? Fui investigar e ofereço-vos hoje este pedacinho de História de Portugal.


"Assentaram por conclusão que sábado, primeiro de Dezembro, com o menor rumor que fosse possível, se achassem todos juntos no paço, repartidos em vários postos, e que, tanto que o relógio desse nove horas, saíssem das carroças ao mesmo tempo. Sem haver dos confederados quem se arrependesse da determinação, ocuparam todos os postos destinados. Impacientes esperavam as nove horas, e como nunca o relógio lhes pareceu mais vagaroso, assim que deu a primeira e sem aguardarem a última, arrebatados do generoso impulso, saíram todos das carroças e avançaram ao paço. Neste tempo andava D. Miguel de Almeida, venerável e brioso, com a espada na mão gritando:


— Liberdade, portugueses! Viva El-Rei D. João, o Quarto!"


D. Luís de Meneses, in História de Portugal Restaurado (adaptação)



Em 1580, o reino de Portugal passou a estar unido ao reino de Espanha por união dinástica. Filipe I (Filipe II de Espanha) jurou, nas Cortes de Tomar (1581), respeitar as leis e os costumes de Portugal, entre os quais a manutenção da língua portuguesa como única língua oficial. Inicialmente, esta união era desejada pela nobreza e pela burguesia que assim tinham ao seu alcance o alargamento do protagonismo político e comercial, uma vez que a Espanha era, na altura, um dos reinos mais poderosos e influentes da Europa.
Este optimismo foi defraudado no reinado de Filipe III (Filipe IV de Espanha). Este monarca, mais arrogante em relação aos direitos dos portugueses, optou por não respeitar o juramento das Cortes de Tomar e unificou institucionalmente as duas coroas. Por outro lado, verificou-se um certo descontentamento por parte de alguns nobres que, por razões de distância, se viram afastados da Corte, situada em Madrid. Por seu turno, a burguesia viu-se afastada dos negócios ultramarinos da Espanha e assistiu à progressiva perda das possessões portuguesas no ultramar: holandeses e ingleses atacavam as colónias portuguesas, sem que Madrid tomasse alguma iniciativa para as defender. A este clima de insatisfação veio juntar-se o descontentamento do povo, que nas "Alterações de Évora e do Algarve" (1637), se manifestou contra a fome e a subida do preço do trigo. Porém, o povo não participou no golpe palaciano que, a 1 de Dezembro de 1640, restituiu o governo à Casa de Bragança.
A Restauração ficava a dever-se a um grupo de nobres e de letrados, e nem mesmo o oitavo duque de Bragança teria participado. O oitavo duque de Bragança, influenciado por Richelieu (governante francês), que lhe havia prometido apoio militar caso ele se revoltasse contra a Espanha, acabou por acudir aos desejos dos organizadores do golpe de 1 de Dezembro e foi coroado a 15 de Dezembro de 1640. D. João IV, no sentido de consolidar a Restauração, desenvolveu a diplomacia e organizou o exército. D. João IV enviou diplomatas às principais cortes europeias com o objectivo de conseguir o reconhecimento da independência e de obter apoios financeiros e militares. Foi necessário justificar que D. João IV não era um rebelde mas sim o legítimo herdeiro do trono, que havia sido usurpado por Filipe II de Espanha. D. João IV assume-se como o herdeiro de Catarina de Bragança, candidata ao trono e afastada por Filipe II em 1580. Das Cortes de 1641, saiu também uma nova doutrina que defendia que o poder provinha de Deus através do povo, que, por sua vez, o transferia para o rei. Em caso de usurpação ou tirania, o povo tinha o poder de destituir o rei, precisamente o que aconteceu com Filipe IV.


(Fonte: In Diciopédia 2009 [DVD-ROM]. Porto : Porto Editora, 2008. ISBN: 978-972-0-65264-5)


Concluindo: surgiu uma vasta bibliografia político-jurídica no sentido de justificar a Restauração: Manifesto do Reyno de Portugal de António Pais Viegas (1641), A Arte de Reynar (Bruxelas, 1642), A Justa Aclamação de Velasco de Gouveia (Lisboa, 1642), Usurpação, Retenção e Restauração de Portugal de João Pinto Ribeiro (Lisboa, 1642), Lusitania liberata ab injusto Castelhanorum dominio restituta de António de Sousa de Macedo (Londres, 1642).

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Geração “fast life”

ESTE ARTIGO DE OPINIÃO SAIU NO JORNAL QUOTIDIANO DE PONTA DELGADA, DIÁRIO DOS AÇORES, NO PASSADO DIA 2008.11.30

Nos últimos tempos, professores e alunos estão em guerra como Ministério da Educação e sua ministra, Maria de Lourdes Rodrigues. Ideologias à parte, acho que a família se tem demitido da sua função de educação e quer entregar à instituição ESCOLA algo que deve ser a instituição FAMÍLIA, em primeiríssimo lugar, ter em conta. Transcrevo um e-mail que acho elucidativo da real situação que está a acontecer com a nova geração: a “Geração fast life”:
“(…) A criancinha quer Playstation. A gente dá. A criancinha quer estrangular o gato. A gente deixa. A criancinha berra porque não quer comer a sopa. A gente elimina-a da ementa e acaba tudo em festim de chocolate. A criancinha quer bife e batatas fritas. Hambúrgueres muitos. Pizzas, umas tantas. Coca-Colas, à litrada. A gente olha para o lado e ela incha. A criancinha quer camisola adidas e ténis NIKE. A gente dá porque a criancinha tem tanto direito como os colegas da escola e é perigoso ser diferente. A criancinha quer ficar a ver televisão até tarde. A gente senta-a ao nosso lado no sofá e passa-lhe o comando. A criancinha desata num berreiro no restaurante. A gente faz de conta e o berreiro continua.
Entretanto, a criancinha cresce. Faz-se projecto de homem ou mulher. Desperta. É então que a criancinha, já mais crescida, começa a pedir mesada, semanada, diária. E gasta metade do orçamento familiar em saídas, roupa da moda, jantares e bares. A criancinha já estuda. Às vezes passa de ano, outras nem por isso. Mas não se pode pressioná-la porque ela já tem uma vida stressante, de convívio em convívio e de noitada em noitada. A criancinha cresce a ver Morangos com Açúcar, cheia de pinta e tal, e torna-se mais exigente com os papás. Agora, já não lhe basta que eles estejam por perto. Convém que se comecem a chegar à frente na mota, no popó e numas férias à maneira.
A criancinha, entregue aos seus desejos e sem referências, inicia o processo de independência meramente informal. A rebeldia é de trazer por casa. Responde torto aos papás, põe a avó em sentido, suja e não lava, come e não limpa, desarruma e não arruma, as tarefas domésticas são «uma seca». Um dia, na escola, o professor dá-lhe um berro, tenta em cinco minutos pôr nos eixos a criancinha que os papás abandonaram à sua sorte, mimo e “umbiguismo”. A criancinha, já crescidinha, fica traumatizada. Sente-se vítima de violência verbal (e etc e tal). Em casa, faz queixinhas, lamenta-se, chora. Os papás, arrepiados com a violência sobre as criancinhas de que a televisão fala e na dúvida entre a conta de um eventual psiquiatra e o derreter do ordenado em filas de hipermercado, correm para a escola e espetam duas bofetadas (…) no professor «que não tem nada que se armar em paizinho, pois quem sabe do meu filho sou eu». A criancinha cresce. Cresce e cresce. Aos 30 anos, ainda será criancinha, continuará a viver na casa dos papás, a levar a gorda fatia do salário deles. Provavelmente, não terá um emprego. «Mas ao menos não anda para aí a fazer porcarias».
Não é este um fiel retrato da realidade dos bairros sociais, das escolas em zonas problemáticas, das famílias no fio da navalha? (…) Um dia destes, vão ser os paizinhos a ir parar ao hospital com um pontapé e um murro das criancinhas no olho esquerdo. E então teremos muitos congressos e debates para nos entretermos… (…)
(FONTE: CARVALHO, Miguel, A DEVIDA COMÉDIA, artigo publicado na revista VISÃO online)
Conclusão: Algo terá de ser feito para que a Família volte a saber dizer um SIM quando a criança merece e um NÃO quando a criança não merece. Só assim construiremos uma sociedade mais justa!