domingo, 27 de maio de 2007

Religiosos: garantia da Fraternidade Universal

ESTE ARTIGO DE OPINIÃO SAIU NO JORNAL QUOTIDIANO DE PONTA DELGADA, DIÁRIO DOS AÇORES, NO PASSADO DIA 2007.05.27

A "Comunhão"

é realmente a Boa Nova,

o remédio que Deus nos doou

contra a solidão que hoje ameaça a todos.

É a dádiva preciosa

através da qual sentimos

acolhidos e amados por Deus

e inseridos na unidade do seu povo

reunido em nome da Trindade.

É a luz que resplandece na Igreja

como sinal entre os povos

e uma maravilhosa criação de amor,

que aproxima Cristo de cada homem e de cada mulher

que deseja realmente encontrá-Lo,

até o final dos tempos.

Bento XVI

De entre as novas correntes espirituais, suscitadas pelo Espírito Santo, para tornar resplandecente a comunhão na Igreja, é-nos dada a espiritualidade da Unidade ou de comunhão, típica do Movimento dos Focolares (MdF). É uma espiritualidade comunitária, originada pelo amor recíproco que tem por modelo a medida do amor de Jesus, descrito pelo Seu “Mandamento Novo”. É um amor que leva espontaneamente à doação total da comunhão dos bens espirituais e materiais suscitando um novo estilo de vida que tem a característica da reciprocidade. Uma reciprocidade que gera a presença espiritual de Jesus: "quando dois ou mais se reunirem em Seu nome” (cf Mt 18,20). Este amor recíproco torna possível experimentar os dons do Espírito Santo: alegria, paz, coragem, força, luz, amor.

Esta é uma espiritualidade que enriquece a vida de pessoas de todas as idades, categorias sociais e vocações, de pessoas chamadas à vida consagrada ou ao serviço pastoral do povo de Deus, como bispos e sacerdotes. Os religiosos e as religiosas, através da Espiritualidade da Unidade, compreendem melhor os seus próprios fundamentos, redescobrem os estatutos, alimentam uma profunda unidade com os superiores e realizam uma renovação na vida da comunidade e na actuação da sua missão específica. Os sacerdotes, estando em unidade com o bispo, experimentam a realidade de uma família espiritual, com grandes frutos para todo o ministério. Este estilo de vida suscita vocações e ajuda os seminaristas a tornarem-se centros de irradiação. Também os bispos, católicos e de outras Igrejas, participam desta espiritualidade evangélica. Igreja comunhão. Através do testemunho e do serviço pastoral dos bispos, sacerdotes e religiosos, florescem comunidades vivas nas quais resplandece a Igreja-Comunhão. Realiza-se, portanto, entre esses Institutos Religiosos, o clero diocesano e os leigos, aquela comunhão almejada desde sempre.

No final dos anos 70 surge o Movimento dos jovens religiosos e religiosas, com o nome de Gen-Re (Geração Nova de Religiosos e Religiosas). São jovens que trazem dentro de si o entusiasmo pela própria geração, assumem com firmeza a vocação religiosa e sentem o desejo de exprimir os carismas dos seus Fundadores e Fundadoras na realidade actual da Igreja e da humanidade, para ser, em cada ambiente, construtores de fraternidade. Chiara Lubich, fundadora do MdF, reconhece imediatamente neste Movimento juvenil uma grande potencialidade para a renovação da vida religiosa: «Se vocês soubessem quem são! Vocês são o Ideal das vossas Ordens!». E explica o relacionamento entre as gerações partindo do modelo trinitário: «O relacionamento que existe entre a segunda e a primeira geração é o mesmo que existe entre o Filho e o Pai na Santíssima Trindade. Vocês têm graças, têm uma luz que a primeira geração não tem e que precisa rever em vocês. Vocês são a beleza da Ordem: são como o Filho, que é o esplendor do Pai».

(Fonte: http://www.focolare.org )

Conclusão: também religiosos vivem este carisma da Unidade. Exorto todos a viverem pela Unidade.

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