domingo, 13 de maio de 2007

Adolescentes : o futuro para a Fraternidade Universal

ESTE ARTIGO DE OPINIÃO SAIU NO JORNAL QUOTIDIANO DE PONTA DELGADA, DIÁRIO DOS AÇORES, NO PASSADO DIA 2007.05.13

Os gen 3 olham muito alto...

Não contam somente com suas próprias forças

mas com as forças do Céu, de Deus.

Eles aperceberam-se que no mundo,

na história, entre aqueles que mais incidiram profundamente,

estão os santos: eles arrastaram as multidões,

levaram muitas pessoas a Deus, mudaram socialmente o mundo.

Então, o que os gen 3 decidiram fazer.

Querem se tornar – e não se admirem – uma geração de santos”.

Chiara Lubich


Chiara Lubich, fundadora do Movimento dos Focolares (MdF) definiu a terceira geração do MdF, Movimento Gen3 (Gen3), em 1992, falando a todos os jovens por satélite, durante o Super congresso mundial dos Gen3.

Um projecto ousado, uma aventura que brotou do Evangelho vivido e que se realiza nas escolhas quotidianas que, muitas vezes, requerem a coragem de ir contra a corrente do mundo. Desde 1970, ano que se assinala o nascimento do dos Gen 3, rapazes e meninas dos 9 aos 17 anos, de povos, etnias e culturas diferentes, acolheram com entusiasmo o ideal da unidade. O objectivo é levar uma revolução de amor ao mundo inteiro, sobretudo entre os adolescentes, realizando desta forma o testamento de Jesus: “Que todos sejam um”.

Levando em conta a irresistível força do amor, empenham-se firmemente em construir a unidade em casa, na escola, no desporto, com os amigos. E justamente porque agem com simplicidade e de imediato, características próprias das suas idades, conseguem obter aquilo que para os adultos pareceria um ‘milagre’: pais que se reencontram em os seus relacionamentos, amigos que saem dos seus isolamentos, adultos que retornam o relacionamento com Deus, todos tocados pela convicção, pelo gesto de uma criança.

Desta forma, em redor dos Gen3, surge um grande número de adolescentes que, com o desejo de compartilhar o mesmo estilo de vida, constituem o Movimento Juvenil pela Unidade (MjU). Juntos, percorrem os vários caminhos a que chamam “trilhos” e que se traduzem em iniciativas locais e mundiais para se construir o mundo unido.

v Os adolescentes, que aderem ao MjU, são provenientes de etnias e culturas variadas, pertencem a várias Igrejas, e também a religiões não cristãs ou a culturas que não professam nenhuma fé religiosa. São 150 mil, presentes em 182 países.

v Acreditam que somente o amor pode transformar o mundo. Desejam que o convite de Jesus “Amai-vos como Eu vos amei” se torne uma realidade entre todos os homens desta terra.

v Têm como objectivo a fraternidade universal, começando pelas suas próprias cidades e nos ambientes que vivem. Percorrem todos os caminhos possíveis para derrubar as barreiras e das divisões, convictos de que a humanidade será uma grande família.

v Colocam em prática a Regra de Ouro: “Não faças aos outros aquilo que não gostaria que fosse feito a si próprio”, a qual está presente nos livros sagrados das principais religiões do mundo. É um convite a amar a todos, por primeiro. Experimentam que vivendo, podem contribuir para a realização de um mundo unido.

v Vivem e difundem uma cultura nova, aquela cultura do dar e da partilha. Colocam em prática uma comunhão de bens mundial na qual, como numa grande família planetária, quem tem a mais coloca em comum com aquele que passa necessidades.

Têm Iniciativas tais como:

v Trilhos pela unidade: os adolescentes organizam encontros, jornadas e assembleias nas escolas para apresentarem o seu estilo de vida; usam como meios de divulgação os conjuntos musicais, canções, representações artísticas para comunicar mensagens de paz e de unidade; organizam competições desportivas, jogos e actividades recreativas que, além de manterem a actividade física, servem também para construir novos relacionamentos; motivam acções ecológicas, caminhadas pela paz, são protagonistas de acções locais e mundiais para realizá-las.

v Projectos de partilha: sustentam 30 micro realizações em prol dos adolescentes mais pobres que vivem em países em guerra (em 27 países).

v Schoolmates: uma rede que se formou entre as escolas desde 2002. Através de um site na Internet, turmas de vários países correspondem-se e compartilham a cultura, tradições e iniciativas para construir o mundo unido. Através de um fundo de solidariedade, as turmas que sustentam bolsas de estudo

v Supercongressos, encontros internacionais que se realizam de 5 em 5 anos, onde se reúnem adolescentes do mundo inteiro; em 2002 eram 9 mil de 93 países. Juntos, querem ser uma resposta à difícil situação mundial, favorecendo o encontro de culturas e religiões diferentes e comunicando a ideia do mundo unido, tornando dessa forma visível algumas de suas realizações.

(Fonte: http://www.focolare.org ; www.school-mates.org ; http://www.teens4unity.net )

Concluindo: os adolescentes também querem mudar o mundo. Com a sua simplicidade querem fazer ver aos adultos que a Unidade é uma realidade.

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