

Hoje, no início deste mês de Maio, regozijo-me em partilhar dois casos paradigmáticos de como se pode santo, ainda jovem: o primeiro é o exemplo de vida de Chiara Luce Badano; e, por último, o projecto de santidade colectiva de Carlo e Alberto.
Chiara Luce Badano, nas suas memórias escreveu: "Redescobri o Evangelho sob uma nova luz. Entendi que eu não era uma cristã autêntica, porque não o vivia até às últimas consequências. Agora quero fazer deste magnífico livro o único objectivo da minha vida. Não quero e não posso permanecer analfabeta em relação a uma mensagem tão extraordinária. Assim, como para mim é fácil aprender o alfabeto, também deve ser fácil viver o Evangelho".
O testemunho de Chiara Luce Badano é significativo principalmente para os jovens. Basta considerar como ela viveu a doença e ver a repercussão que a sua morte teve. Não era possível deixar um exemplo como este cair no vazio. A santidade é necessária também hoje. É preciso ajudar a encontrar uma orientação, um objectivo para a vida, ajudar os jovens a superarem as suas inseguranças, sua solidão, seus enigmas diante dos insucessos, das dores, da morte. Os discursos teóricos não conquistam mais os jovens, é necessário o testemunho. Nas conversas notava-se uma maturidade muito superior à dos jovens da sua idade. Ela tinha compreendido o essencial do cristianismo: Deus em primeiro lugar; Jesus, com quem tinha um relacionamento espontâneo, fraterno; Maria como exemplo; o amor como núcleo do cristianismo; a responsabilidade de anunciar o Evangelho. Tudo isto, provado pela experiência do sofrimento e da morte, não temida mas esperada, fez com que sua aventura se tornasse realmente singular. A seu propósito Chiara Lubich, fundadora do Movimento dos Focolares, escreveu: "Chiara Luce! Quanta luz se lê no seu rosto, quanta luz nas suas palavras, nas suas cartas, na sua vida totalmente projectada em amar concretamente!... A sua foi uma escolha radical de Jesus crucificado e abandonado; escolha daquilo que faz mal, e que, se não se ama, pode arrastar o espírito para um túnel escuro. Viveu com Ele, com Ele transformou a sua paixão em uma canto de núpcias".
O segundo exemplo de santidade que quero partilhar é o projecto de santidade colectiva de Carlo e Alberto. Sobre este caso raro de santidade, “O mergulho em Deus: os 40 dias de Carlo e Alberto”, no livro de Michele Zanchucchi, Director da revista Città Nuova de Itália, desenvolve uma narração da história de Carlo e Alberto, que cultivaram uma amizade esplêndida, aberta e alimentada por um objectivo em comum: levar a todos o dom do ideal evangélico que os havia fascinado. A vida desses dois jovens foi truncada prematuramente. Alberto, estudante de engenharia, inteligente, amante de desporto, apaixonado pelas montanhas, durante uma escalada, cai; Carlo, estudante de agronomia, enquanto está a prestar o serviço militar, é-lhe diagnosticado um cancro, dos mais malignos. A vida dos dois jovens tinha alcançado a plenitude pensada por Deus ao criá-los, até o ponto de irradiar uma beleza exemplar. O desejo deles era colocar Deus no centro da própria vida. O ter muito em comum e a amizade deles tinha, portanto, raízes profundas. Poder enfrentar juntos problemas e dificuldades do dia-a-dia, ajudava-os a viver os momentos difíceis e a superar a tentação de parar e de desistir. Muitas vezes recomeçaram, muitas vezes experimentaram que a vida neles e ao redor deles renascia. Também hoje, à distância de anos, o sue exemplo elucida. “Alberto e Carlo – dizem aqueles que os conheceram – são como duas contas bancárias sempre abertas e que continuam a render!”.
(Fonte: http://www.focolare.org)
Concluindo: ser Santo não é uma utopia. O exemplo de vida destes três jovens, que têm os processos de beatificação a decorrer no Vaticano, é bem elucidativo que é possível perpetuar as boas acções para que também outros os possam seguir.
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