domingo, 1 de abril de 2007

Educação à Fraternidade Universal

ESTE ARTIGO DE OPINIÃO SAIU NO JORNAL QUOTIDIANO DE PONTA DELGADA, DIÁRIO DOS AÇORES, NO PASSADO DIA 2007.04.01

Educação à fraternidade universal

Através da cultura da partilha e da paz.

A solidariedade não é só matéria de ensino,

Mas também metodologia para melhorar a qualidade educacional.

O trabalho em equipa,

o intercâmbio de experiências positivas e de dificuldades,

a formação do corpo docente.

São alguns elementos das linhas pedagógicas e metodológicas

amadurecidas durante os anos de experiência educacional

vivida nos cinco continentes pelos agentes do mundo da educação

à luz da espiritualidade da Unidade.

Estas linhas pedagógicas revelam-se particularmente adequadas aos desafios apresentados pela actual mudança, rumo a uma sociedade cada vez mais multicultural, multi-étnica e multi-religiosa.

Nos adolescentes tem vindo a ser criada uma nova mentalidade e um novo modo de relacionamento: entre eles e com os outros. Esta experiência educacional insere-se no actual debate pedagógico com um traço típico que o caracteriza:

· um projecto de ‘Homem Mundo’, isto é, aberto a todas as instâncias da humanidade, que inspira a actividade educacional;

· uma metodologia: “fazer-se um” com o outro, sentir com o outro, em que estão envolvidos tanto o educando, quanto o educador.

· cada pessoa, no contexto educacional, readquire dignidade e subjectividade educadora, porque a educação torna-se co-educação. Não é um projecto elitista, é proposto em todos os contextos e em todas as latitudes, é universal e popular; pode ser realizado a partir das crianças e adolescentes, dos pais ou dos educadores. Começa e recomeça a cada momento, pelo compromisso de manter vivo o amor recíproco, que faz de cada família ou escola uma “comunidade educadora”.

A finalidade da educação é formar homens novos, comprometendo-se a:

· Construir relacionamentos de Unidade entre educadores e educandos, entre todos os agentes das estruturas escolares e entre os sujeitos das várias instituições educacionais (pais, professores, animadores de grupos de juvenis…);

· suscitar a “cultura da partilha” nas novas gerações e abri-las para o cosmopolitismo com uma atenção para com todas as culturas, procurando favorecer a sua integração;

· educar as novas gerações ao amor pela humanidade e pelo meio ambiente, e manter sempre viva a estreita ligação entre cultura e vida, entre ensino e educação, também através de iniciativas e acções.

Para a informação estar sempre actualizada, há que haver formação. A formação realiza-se através de congressos ou trabalhos em equipas, em diversos contextos sócio-geográficos. Tem por objectivo contribuir para o crescimento humanístico do docente e para a renovação da sua pedagogia, segundo os princípios fundamentais da pedagogia da Unidade.

  • Itália – Em relação à formação do corpo docente, resulta importante e eficaz a colaboração com a ONG AMU (Acção por um Mundo Unido), no campo da cooperação internacional, credenciada para a formação dos funcionários das escolas sobre os temas da globalização e dos direitos humanos.
  • Tailândia – Realizou-se, em Bangcoc em 2004, um workshop para 40 professores e agentes do mundo da educação, 20 dos quais de religião budista. A finalidade foi traduzir, na linguagem e na cultura budista, a figura do professor ideal.

(Fonte: www.azionemondounito.org)

Concluindo: Educar para a Cidadania. Este deverá ser o novo desenvolvimento do compromisso dos membros do Movimento dos Focolares (MdF), no campo pedagógico, marcado pelo nascimento da “EDU – Educação Unidade”, centro de estudos pedagógicos do MdF, que teve início em 2002, por iniciativa de Chiara Lubich.

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