domingo, 4 de outubro de 2009

Votar é um dever de cidadania



ESTE ARTIGO DE OPINIÃO SAIU NO JORNAL QUOTIDIANO DE PONTA DELGADA, DIÁRIO DOS AÇORES, NO PASSADO DIA 2009.Outubro.03


Nunca, como nos nossos dias, se falou tanto de liberdades, direitos e garantias. No meu modesto ponto de vista, estes conceitos pressupõem, antes de mais, um conjunto de prerrogativas essenciais à prossecução do serviço à cidadania. Não deve haver direitos sem deveres nem liberdades sem respeito pelo espaço do próximo.
O termo voto provém do latim “votu” e tem vários significados, tais como: “promessa feita deliberada e livremente à divindade, de modo público ou privado, solene ou simples, em relação a uma acção a realizar pelo promitente ou a um objecto a doar; objecto que representa essa promessa; juramento; súplica feita a Deus; expressão de um desejo; manifestação da vontade ou opinião a respeito de alguma pessoa ou coisa; parecer; decisão; sufrágio; votação; lista eleitoral; pessoa que vota”. O que interessa à ciência política é a ideia do sufrágio, do acto de eleger e ser eleito.
O voto é um acto relativamente simples. Esta afirmação não deve, porém, fazer-nos esquecer: 1) que a extensão do sufrágio foi produto de grandes lutas entre os detentores do poder político e os provocadores, no interior da classe dominante e no seu exterior; 2) que o processo de democratização eleitoral e a criação de estruturas partidárias e institucionais adequadas para sustentar o peso da participação eleitoral decorreram a ritmos e cedências diversos; 3) que nos mais diversos países o direito de voto nunca é conseguido nem assegurado de uma vez por todas, sendo frequentemente revogado, o seu exercício submetido a abusos e prepotências, a sua tradução em mandatos manipulada com fraudes e falcatruas. Obviamente, quando não existe uma tutela eficaz da participação eleitoral todas as outras formas de participação política institucionalizada, pacífica e legal se tornam um tanto difíceis e precárias. Votar é um dever de cada cidadão interessado em ser bem governado. Não votar é passar um cheque em branco. É permitir que as coisas fiquem tal qual elas estão.
O Partido Social Democrata, na freguesia de Santa Clara, na cidade de Ponta Delgada, apresenta uma equipa constituída por membros e independentes, que se identificam com o projecto político preconizado pela Drª. Berta Cabral para os Açores e demonstram vontade de contribuir para a mudança dos destinos da freguesia. Os últimos quatro anos revelaram as dificuldades que um projecto [pseudo] independente possuiu. A não identificação partidária aparente (porque na prática era o PCP-Açores), as reivindicações crispadas com o Governo Regional dos Açores e Câmara Municipal de Ponta Delgada (C.M.P.D.) originaram um custo muito alto ao nível dos apoios que não chegaram para Santa Clara. Consciente daquilo que pode fazer, a lista do PSD-Santa Clara apresenta um conjunto de propostas, exequíveis e concretizáveis que enaltecem a freguesia e os seus habitantes. Na Acção Política pretendem 1) reassumir a necessária postura dialogante com a C.M.P.D., Governo Regional dos Açores, e a Administração dos Portos. 2) estabelecer protocolos com as duas escolas de Santa Clara, Escuteiros, AMI, Caritas, Banco Alimentar, Centro Social e Paroquial de Santa Clara, Associações de Jovens e outros grupos que contribuem para a dinamização e desenvolvimento social e cultural de Santa Clara. 3) proceder à identificação e ordenamento do centro da freguesia. Na acção administrativa auguram 1) uma maior disponibilidade no atendimento aos habitantes da freguesia, 2) um levantamento organizado das características da freguesia (conhecimento por fogos dos seus habitantes, das infra-estruturas existentes e estabelecimentos comerciais), 3) simplificação dos serviços de atendimento da Junta da Freguesia, como por exemplo, através de um serviço online mais eficaz, 4) melhor aproveitamento dos equipamentos que dispõe o Centro Cultural de Santa Clara e agilizar, com os serviços camarários, 5) um maior asseio e limpeza das vias públicas. Na acção social vão promover 1) dinamização/apoio com a população idosa da freguesia; 2) maior proximidade, encaminhamento e resolução de inúmeras famílias residentes em habitações degradadas; 3) evitar que os agregados sociais desfavorecidos procurem junto de outras Juntas de Freguesia a resolução dos seus problemas; 4) criação de um programa de apoio de solidariedade para os agregados familiares mais desfavorecidos; 5) atenção, muito especial, à juventude da freguesia; 6) incentivar e apoiar a prática desportiva; 7) criação de espaços lúdicos e infantis onde não existe qualquer equipamento para ocupação dos tempos livres, dos mais novos, etc.
No próximo domingo, 11, não fique em casa. Ponha mãos à obra. Desloque-se até à sua secção de voto e exerça, em consciência, a sua cidadania. Temos que olhar sempre em frente. A nossa freguesia merece o nosso apoio. A nossa edilidade continua a merecer o nosso SIM. O futuro começa aqui: na nossa confiança, na nossa determinação. Na minha freguesia, votarei na lista presidida por Nuno Libório e na sua equipa, da qual, com muita honra, faço parte.
(FONTE: http://www.inovarsantaclara.blogspot.com/ )
Concluindo: como dizia Sá Carneiro: “A política sem risco é uma chatice mas sem ética é uma vergonha”.

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