segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

«Multilinguismo: Uma mais-valia para a Europa e um compromisso comum»

ESTE ARTIGO DE OPINIÃO SAIU NO JORNAL QUOTIDIANO DE PONTA DELGADA, DIÁRIO DOS AÇORES, NO PASSADO DIA 2009.FEV.15

Esta semana sistematizarei um tema ímpar na Europa: o multilinguismo. Em algumas pesquisas online, encontrei esta pérola que não resisto em partilhar consigo.

“DE QUE SE TRATA? Existem muitas línguas na Europa: algumas são línguas nacionais oficiais, outras são faladas em determinadas regiões ou por certas minorias. Todas fazem parte da nossa herança cultural comum e moldam a nossa identidade. As línguas e as culturas trazidas pelos imigrantes diversificam mais ainda esta rica paleta. As pessoas que falam línguas diferentes têm agora muito mais oportunidades de contactarem entre si. Há várias razões que explicam esta situação:

ü Podemos circular livremente pela Europa. Gozar férias, estudar ou trabalhar noutro país europeu onde é falada uma língua diferente tornou-se uma experiência comum.

ü Hoje em dia, muitas das nossas cidades são verdadeiros mosaicos de línguas e culturas, graças aos contactos diários com pessoas provenientes de contextos muito diferentes que decidiram viver na Europa.

ü Com a globalização passámos a negociar com clientes e fornecedores de outros países e continentes.

A língua é a chave da comunicação. É igualmente a chave para compreender as outras culturas. Sem uma compreensão mútua alcançada através da aprendizagem de outras línguas, os contactos entre pessoas de línguas maternas diferentes conduzem frequentemente à incompreensão e à segregação e resultam, dessa forma, em oportunidades perdidas.

QUAL A IMPORTÂNCIA DAS LÍNGUAS: As línguas são importantes para o cidadão na sua vida quotidiana. Por exemplo, quando viaja para o estrangeiro e precisa da ajuda de alguém que fale a sua língua num hospital ou numa esquadra de polícia. Quando tem vizinhos africanos que querem participar nas actividades da comunidade local, mas não sabem como começar a aprender a sua língua. Sempre que encontra uma informação na Internet escrita numa língua que não compreende. Quando é canalizador, enfermeiro ou médico e deseja trabalhar noutro país, mas nem ele nem a sua família sabe falar a língua. Ou quando espera assinar um contrato importante na China e um empregado que sabe falar chinês representa uma vantagem competitiva para os seus negócios.

PORQUÊ A NÍVEL COMUNITÁRIO? Para melhorar a situação, a Comissão Europeia propôs-se colaborar com os governos dos Estados-Membros, do Parlamento Europeu, as regiões e os parceiros sociais com vista a:

ü Sensibilizar as pessoas para as vantagens do multilinguismo tanto para os negócios como para o diálogo com as outras culturas.

ü Oferecer a todos os cidadãos a possibilidade de aprenderem duas línguas além da sua língua materna.

Estes objectivos constituem a espinha dorsal da denominada «política de multilinguismo». Encontram-se estabelecidos numa comunicação da Comissão. A comunicação não é um acto legislativo, mas um documento que define as diferentes políticas. O funcionamento das escolas não depende da competência da Comissão. Esta questão cabe inteiramente aos Estados-Membros. A Comissão também não pode adoptar legislação destinada a promover as línguas. O seu papel consiste em fornecer orientações políticas, ajudar os Estados-Membros a resolver os problemas comuns que se colocam aos seus cidadãos. Para alcançar os objectivos que fixou a médio e a longo prazo, a Comissão tem procurado promover o multilinguismo através de todas as suas políticas e programas, incentivando os Estados-Membros, as autoridades locais e os parceiros sociais a tomarem medidas ao seu nível respectivo. Em 2012, a Comissão analisará os progressos alcançados. É inquestionável que as línguas são importantes, mas que línguas devemos aprender? A Comissão sugere que, além da sua língua materna, os cidadãos possam escolher uma língua de comunicação e uma «língua adoptiva pessoal», em função das suas necessidades, interesses e contexto familiar.

(Fonte: http://www.eurocid.pt )

Concluindo: nesta Europa multilingue, sejamos tolerantes com aqueles que, não partilhando a nossa cultura, têm direito a conviver connosco. Foram as potências europeias que “deram novos mundos ao Mundo”. Saibamos, agora, acolher culturas tão distintas, mas tão válidas como a nossa.

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