domingo, 14 de janeiro de 2007

BULGÁRIA


ESTE ARTIGO DE OPINIÃO SAIU NO JORNAL QUOTIDIANO DE PONTA DELGADA, DIÁRIO DOS AÇORES, HOJE, DIA 2007.01.14


Há uma semana, analisei a Roménia, país que, com a Bulgária, integrará o clube económico da Europa rica. Hoje chegou a vez da Bulgária.
A Bulgária é um país do leste da Europa. Está situado nos Balcãs, ao longo do Mar Negro. Faz fronteira com a Roménia, através do Rio Danúbio, a norte; com a Grécia e com a Turquia, a sul; e com a Jugoslávia e com a Macedónia, a oeste. Tem uma superfície de 110 912 km2. As cidades mais importantes são Sófia, a capital (com 1,4 milhões de habitantes), Plovdiv, Varna, Burgas e Rousse. O clima é continental moderado, no norte e no noroeste, com Invernos frios, e mediterrânico, no sudeste, com Verões quentes.
Entre 1946 e 1989, a Bulgária teve uma economia centralizada que se baseava na agricultura e na indústria. A partir de 1991, com a subida ao poder do Governo democrata, vários sectores foram privatizados. Esse facto deu origem a um rendimento per-capita semelhante ao dos países desenvolvidos. O turismo, que se concentra nas praias ao longo da costa do Mar Negro, oferece ao país uma enorme fonte de divisas estrangeiras.
Depois dos bizantinos, os turcos otomanos dominaram o território durante cinco séculos. Durante a guerra entre os russos e os turcos, entre 1877 e 1878, surgiu um forte movimento nacionalista. No final da guerra, a Rússia impôs à Turquia o Tratado de San Stefano, segundo o qual a Bulgária passou a ser praticamente independente, cobrindo quase 3/5 da Península Balcânica. Os países vizinhos não concordaram com o tratado e, nesse ano, no Congresso de Berlim, autorizaram a autonomia de apenas uma pequena parcela de território, que correspondia à parte central entre os Balcãs e o Danúbio. Em 1885, Fernando tornou-se príncipe da Bulgária e declarou a independência do território. Algum tempo depois, o príncipe búlgaro uniu a Grécia, a Sérvia e o Montenegro ao seu país, formando a Liga Balcânica, que conquistou aos turcos a Macedónia e a Trácia, na Primeira Guerra Balcânica, entre 1912 e 1913. Entretanto, Fernando ficou insatisfeito com a pequena porção da Macedónia, que recebeu como pilhagem, e precipitou-se na Segunda Guerra Balcânica, entre Junho e Agosto de 1913, contra a Turquia e a Roménia. A Bulgária perdeu a guerra, bem como grande parte do território que tinha conquistado na primeira guerra. Esse facto representou o fim da expansão territorial búlgara. Embora Fernando se tenha colocado ao lado dos países mais fortes, durante a Primeira Guerra Mundial, com o objectivo de recuperar a Macedónia. A derrota do país em 1918 forçou o príncipe a abdicar a favor do filho, Boris.
Seguiram-se anos de crise económica, de extremismo político e de violência, o que levou Boris a instalar uma ditadura real. Durante a Segunda Guerra Mundial, a Bulgária colocou-se ao lado da Alemanha mas, mais uma vez, a tentativa de expandir o território saiu falhada. Em 1944, o comunismo chegou ao poder, depois de uma invasão do Exército Vermelho Soviético. Em 1946, um plebiscito aboliu a monarquia e estabeleceu uma república democrática que, mais tarde, passou a ser dominada pelo Partido Comunista Búlgaro. Seguiram-se as expropriações estatais da indústria e a colectivização dos solos agrícolas. Sob as lideranças sucessivas de Georgo Dimitrov, Vulko Chervenkov e Todor Zhivkov, a Bulgária transformou-se num país predominantemente urbano e industrial e manteve-se firmemente ligado à União Soviética.
Em 1989, a onda de democratização do leste europeu também se fez sentir na Bulgária. As eleições multipartidárias de 1990 deram a vitória ao Partido Socialista (a nova designação do anterior Partido Comunista). Mas, nas eleições de 1991, a União das Forças Democratas chegou ao poder e formou o primeiro Governo democrata da Bulgária, desde 1946.
(Fonte: http://www.government.bg/; Apontamentos Pessoais)
Concluindo, a Bulgária e a Roménia já estão na U.E. Bem-vindos búlgaros e búlgaras!

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